sexta-feira, 17 de junho de 2011

manifestação pela liberdade e pela vida

O movimento será uma celebração pela liberdade e pela vida e reunirá pessoas de diversos estados na luta contra a perseguição religiosa

Foto: Divulgação
No próximo domingo, dia 19, uma manifestação pela liberdade e pela vida na Avenida Atlântica, em Copacabana, prestará solidariedade aos bahá’ís no Irã e exigirá o fim da perseguição aos seus seguidores. O movimento terá início às 10h da manhã e contará com a presença de pessoas vindas de diversos estados brasileiros e lideranças do movimento negro, grupos de direitos humanos, representantes da sociedade civil, governo e entidades religiosas.
Como forma de expressar a essência da manifestação, haverá a participação de alguns músicos que darão voz ao clamor pela liberdade e pela vida. Serão formadas rodas na areia em torno de instrumentos acústicos (violão, percussão, voz), em um estilo diferenciado de manifestação que materializam esse sentimento de unidade, paz e harmonia.
Para ilustrar a perseguição religiosa sofrida no Irã, serão fincadas na areia de Copacabana um total de 7.747 máscaras com o rosto de sete lideranças bahá'ís presas desde 2008. O número equivale à soma dos dias que cada um deles está sob privação de liberdade, mantidos em condições insalubres e desumanas e impedidos de contribuir com o progresso da sociedade.
O caso dos sete líderes bahá’ís foi escolhido como um símbolo para representar as formas de injustiças perpetradas contra pessoas inocentes por todo o mundo. No Brasil, as religiões de matrizes africanas sofrem o mesmo tipo de preconceito, bem como a comunidade judaica em diversas partes do mundo.
Segundo Michel, representante do Hillel, organização judaica voltada para jovens adultos, a missão do Brasil é lutar contra as injustiças e a intolerância onde quer que ocorram: “O Irã do Ahmadinejad é um exemplo de tirania e injustiça, principalmente no campo da perseguição religiosa. Inclusive, ao negar o Holocausto, ele nega o legado de direitos humanos que surgiu surgiu após a Segunda Guerra Mundial. É nosso compromisso lutar contra as injustiças no Irã, e pelo legado e as lições aprendidas na primeira metade do século XX”, afirma.
O evento está sendo organizado pela Comunidade Bahá'í do Brasil junto à Comissão de Combate a Intolerância Religiosa, e tem como objetivo celebrar os direitos humanos e as liberdades individuais garantidas em tratados internacionais ratificados pelos governos da ampla maioria dos países do mundo – mas que ainda hoje são sistematicamente violados.

Histórico da perseguição
Com mais de 300 mil seguidores, a Fé Bahá’í é a maior minoria religiosa no Irã; entretanto, ela não é reconhecida pelo governo iraniano, sendo perseguida desde o seu surgimento, em 1844. Essa perseguição se intensificou após a Revolução Islâmica, em 1979: na década seguinte, centenas de bahá’ís foram mortos, milhares foram presos e outras centenas de milhares sofreram outros tipos de privação com base em sua crença religiosa de unidade da religião, unicidade de Deus e igualdade entre mulheres e homens.

Campanha no Facebook
A campanha pela liberdade dos bahá’ís presos no Irã conta ainda com uma página no Facebook na qual, além de notícias sobre o processo de mobilização para o evento em Copacabana, há sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas de forma espontânea e descentralizada. Os seguidores da página podem, por exemplo, postar seus próprios vídeos caseiros falando sobre a imporância de se garantir os direitos humanos e liberdades individuais a todas as pessoas.
Com relação ao caso específico dos bahá’ís, a página sugere a postagem de fotos conceituais e até mesmo o uso de materiais alternativos, como balões de gás hélio para chamar a atenção para o caso.

Acesse @Libertem os 7 bahá’ís presos no Irã
(http://www.facebook.com/pages/Libertem-os-7-Bah%C3%A1%C3%ADs-Presos-no-Ir%C3%A3/225208697489135) e saiba como participar!

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